Ahhhh, se eu fosse Clarice...


... poderia escrever sem medo de errar. Ok, medo não. Mas escrever sem precisar explicar sua excentricidade. Ah, como eu adoro ser excêntrica! De que vale ser normal quando isso se resume a conveniências talvez não tão claras a cabeças fechadas? Mas, espere! Cabeças fechadas? Fechadas a quê? Se alguma motivação há, ainda não a encontrei. Pode ser sim por estar com, não só a cabeça, mas também de todo corpo fechada. Ou por não querer encontrar mesmo. O que sei é que somente não encontrei. É complexo, é estranho... bonito e eu provavelmente goste. Não entendo, mas realmente me atrai! Na verdade, quem precisa entender? Entendimento é subjetivo; relativo; vai do estado de espírito. Cá entre nós, com seu espírito nada tenho a ver, e o mesmo você com o meu. Nem eu me entendo. Se a mim essa tarefa foi imposta e não consegui concretizá-la, quem conseguirá? Afinal, a cabeça e o corpo fechado são meus. Como o entendimento, a abertura cabe a mim. Quando quero fazê-la? Não quero, está confortável assim. E, como confortável está , não quero deixar que se perca. Não assim...
Ixi, não quero tantas coisas... me dispersar do assunto (como já estou fazendo) é uma delas. Isso me leva de volta a querer ser Clarice. Tudo seria tão mais fácil. As palavras a mim fluiriam naturalmente. Não teria que ficar horas e horas batendo numa mesma tecla (no caso a de apagar, pois isso está um lixo) e não chegar a lugar algum. Na verdade estou chegando a um lugar, sim! Ao final da página... não consigo desviar o pensamento de que eu poderia mesmo ser Clarice. Se assim fosse, talvez você estivesse entendendo algo até aqui. Ou alguma coisa eu consegueria ter escrito além de idéias aleatórias. Mas, como o entendimento vai de cada um, alcancei meu objetivo, escrevi um monte de baboseiras e cabe a você entender do jeito que lhe for conveniente. Ainda assim...
... ahhhhhhhhh, se eu fosse Clarice...
... hoje estaria morta!
09/12/1977 - Morte de Clarice Lispector.
4 Admoestações...:

Admoestação:
Medida tutelar que, isolada ou cumulativamente com outras, pode ser aplicada pelo tribunal de menores a um menor que se encontre sujeito à sua jurisdição e que consiste na sua advertência com benevolência. Censura ou advertência solene feita em audiência pública pelo tribunal, aplicável a delinqüentes culpados de factos de escassa gravidade, relativamente aos quais se entende não haver, do ponto de vista preventivo ou de reinserção social, a necessidade ou a conveniência de serem utilizadas outras medidas penais mais gravosas.


Admoestação:
s.f. Advertência, reprimenda, observação com caráter de crítica, de censura: fazer uma admoestação.


:B


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A Cia. Dois Caras agradece.

hahahahahahahahahha


Oi, eu vi um boi.

Tipassim, isso não vai pra frente não?


meliga;*